E-commerce em 2016

Panorama geral do e-commerce em 2016, crescimento acima do esperado mesmo em meio a crise

Crescimento do e-commerce em 2016 supera expectativas em meio a crise.

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Introdução

O Empreendedorismo faz parte da história humana desde seus primórdios, porém em grande parte da história esteve restrito a uma parcela da população com condições financeiras privilegiadas. Hoje, no entanto está ao alcance de quase todos.

O Comércio tradicional abriu portas e moldou nosso mundo, trazendo produtos e serviços ao alcance de quem os desejam. Porém, atualmente no cenário nacional em virtude da famigerada crise dos últimos anos, o comércio tradicional apresenta alguns números alarmantes, com mais de 80 mil estabelecimentos fechados e o corte de mais de 180 mil postos de trabalho entre 2015 e 2016.

Na contramão da crise, o e-commerce ou (comércio eletrônico) mostra um cenário altamente atrativo, com um crescimento que vem sendo apontado como uma, senão a melhor opção para quem deseja empreender ou quem já empreende no comércio tradicional.

Nesse interim compilamos informações de diversas pesquisas, buscando demostrar um panorama geral sobre o e-commerce e seu crescimento em 2016. Esperamos que você goste!

E-commerce no Brasil

É de conhecimento para maioria que o ano de 2016 não foi nada fácil para nós brasileiros, instabilidade política e econômica, recorde de desemprego, mudanças fiscais, foram algumas das principais pedras no caminho.

No e-commerce esse impacto também pode ser sentido, contudo os efeitos da crise fizeram com que empreendedores e consumidores repensassem suas estratégias e seus hábitos de compra.

Desta forma, confirmando a previsão de especialistas e para a surpresa dos empresários ligados ao e-commerce, os quais vinham desestimulados com a crise, “entre mortos e feridos correu tudo bem”. A ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) informa em números oficiais um faturamento de R$ 53,4 bilhões no ano de 2016, número que está 19% acima da previsão do EBIT (maior consultoria em estatísticas de e-commerce no Brasil, o que é simplesmente fabuloso.

“A PEC do Teto de Gastos, aprovada no final de 2016, e as reformas da Previdência e Trabalhista que estão encaminhadas, são fatores que a Federação julga relevantes no curto prazo para o ajuste macroeconômico”, defendeu a FecomercioSP.

Abaixo detalhamos melhor os números por trás deste resultado.

1) Tráfego de visitas

Comecemos pelo ponto de partida para a geração de resultado na internet, as visitas. Diferentemente do comércio tradicional as pessoas não passam na porta do estabelecimento e sim o estabelecimento passa na frente do cliente.

a) Visitas por estado

É importante mencionar que a população na região sudeste é maior, o que justifica a proporção dos números.

b) Visitas por gênero

Este número demonstra um crescimento no engajamento do público masculino, tendo em vista que em 2015 as mulheres estavam na frente com 64% das visitas, levando a um maior equilíbrio de gênero, o que pode ser importante para mercados com nicho específico.

c) Visitas por idade

Neste quesito os números evidenciam o que a “geração millenium”, também conhecida como geração Y é composta por pessoas nascidas entre os anos de 1980 a 1995 em uma época de maior estabilidade econômica, essa geração cresceu acompanhando a evolução da internet.

2) Vendas

Vamos agora para o que tem maior relevância, os resultados financeiros. Afinal este é o objetivo principal de qualquer comerciante.

A ABComm(Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) registrou durante o ano de 2016 179 milhões de pedidos online no Brasil, para que se tenha uma melhor dimensão deste número vale lembrar que somos 207 milhões de brasileiros segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Vejamos alguns números mais específicos sobre essas vendas:

a) Vendas por dispositivo

Nota-se que o desktop continua sendo o caminho mais escolhido para o fechamento dos pedidos, em muitos casos o consumidor pesquisa primeiro em seu smartphone e fecha seu pedido efetivamente pelo computador, pois desta forma ele sente-se mais seguro.

Vale ressaltar que as compras via smartphone cresceram 3,4% em relação a 2015, confirmando a tendência mobile.

b) Vendas por meio de pagamento

O PagSeguro mantém sua liderança no mercado nacional seguido pelo MOIP, que obteve um crescimento muito consistente.

c) Ticket médio

Sabemos que tão importante quanto vender para muitos clientes é quanto cada cliente desembolsa em média sobre os pedidos. Neste ponto é importante compreender que cada segmento tem suas valias, é muito bom quando um cliente efetua uma compra com um valor significativo, mas é ainda mais interessante quando o cliente opta por comprar várias vezes podendo resultar em tickets menores.

Quando o cliente possui uma frequência e regularidade em suas compras ele demonstra que tem satisfação e fidelidade para com a empresa.

O ticket médio do e-commerce no primeiro semestre 2016 foi de R$ 403,46 (EBIT), significativamente acima do comércio tradicional, o número eferente ao ano completo de 2016 ainda não foi divulgado.

d) Vendas por segmento

O ranking dos segmentos com mais vendas realizadas permanece quase inalterado em relação a 2015, vale destacar o segmento de esportes que saltou da 10ª para a 2ª posição, como demonstrado abaixo.

Com relação ao ticket médio por segmento o cenário mudou bastante, sendo que a posição que cada segmento ocupa é de fácil entendimento os líderes são os que vendem produtos ou serviços de maior valor, como viagens e produtos raros.

3) Datas comemorativas

É de conhecimento comum à comerciantes e empreendedores a importância das datas comemorativas devido a seu potencial de faturamento, veja abaixo os dados dos EBIT que novamente surpreendem pelo crescimento.

Considerações Finais

Buscamos trazer com este conteúdo um panorama geral sobre o crescimento do e-commerce na contramão da crise. É muito importante termos em mente que os custos iniciais e de operação de um e-commerce são apenas uma fração do investimento necessário para uma loja física.

Fontes Consultadas: Confederação Nacional do Comércio (CNC), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e o Departamento Intersindical de estatísticas e estudos sócio econômicos (Dieese) e Relatório anual de comércio eletrônico Nuvem Commerce.

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